Dedo em Gatilho

Dedo em Gatilho: Por Que Seu Dedo Trava e Como Tratar? Você já passou pela situação incômoda de dobrar um dedo da mão e sentir que ele travou, precisando de ajuda da outra mão para esticá-lo novamente, muitas vezes acompanhado de um estalo doloroso? Essa condição, conhecida popularmente como “dedo em gatilho” (ou tenossinovite estenosante, no termo médico), é mais comum do que se imagina e pode gerar grande frustração e dificuldade em realizar tarefas manuais simples do dia a dia. Para entender o que acontece, imagine que os tendões que dobram seus dedos funcionam como cordas que deslizam por dentro de pequenos túneis, chamados de bainhas. O dedo em gatilho ocorre quando há uma inflamação que estreita a entrada desse túnel ou cria um nódulo no tendão. Isso faz com que a “corda” tenha dificuldade em passar, travando o movimento do dedo na posição dobrada e causando o estalo quando finalmente consegue passar pela área estreitada. As causas exatas nem sempre são claras, mas a condição é frequentemente associada a atividades que exigem movimentos repetitivos de preensão ou uso de força com as mãos. Além disso, algumas condições de saúde aumentam o risco, como o diabetes e a artrite reumatoide. O problema é mais frequente em mulheres e tende a afetar principalmente os dedos anelar, médio e o polegar, podendo ocorrer em mais de um dedo ao mesmo tempo. O diagnóstico do dedo em gatilho é eminentemente clínico, feito pelo ortopedista no próprio consultório. Geralmente, não são necessários exames de imagem complexos. O médico irá examinar a mão, verificar a presença de dor na base do dedo afetado e pode sentir um pequeno nódulo na palma da mão. Ele pedirá para você abrir e fechar a mão para observar o travamento e o estalo característicos. O tratamento varia de acordo com a gravidade e o tempo dos sintomas. Em casos iniciais e mais leves, a abordagem conservadora costuma ser eficaz. Ela inclui o uso de anti-inflamatórios, repouso da mão e, muitas vezes, o uso de uma órtese (tala) durante a noite para manter o dedo esticado, evitando que ele trave enquanto você dorme. Exercícios específicos de terapia manual também podem ajudar a recuperar a mobilidade. Quando o tratamento conservador não resolve, ou em casos onde o dedo já fica travado com frequência, a infiltração com corticoide diretamente na bainha do tendão é uma excelente opção, trazendo alívio rápido e duradouro para muitos pacientes. A cirurgia para liberar o túnel é um procedimento simples, mas geralmente reservado para casos que não respondem às outras terapias. Não conviva com esse desconforto; procure um especialista para destravar seus movimentos. Agendar Consulta
